
Foto: XR latinoamerica
Cara Rebelde,
Apesar de séculos de revolução política, parece que quem está no poder ainda tem uma compreensão errada. Mesmo que provavelmente não te identifiques com termos como feudalismo ou direito divino dos reis, os multimilionários, os políticos e as grandes empresas parecem identificar-se. Cada ação que tomam mostra que acreditam que as nossas vidas e terras existem apenas para seu lucro. Em todo o mundo, exploram os nossos recursos sem se preocuparem com os impactos na maioria dos seres humanos ou, na verdade, nos outros seres vivos.
Neste boletim informativo mensal, a XR vem dizer que não vamos viver o sonho deles. Somos um movimento constituído por cidadãos comuns e temos os nossos próprios sonhos. Os nossos sonhos não terminam com o fim dos combustíveis fósseis. Pelo contrário, começam aí. Porque só um mundo que não seja explorado, poluído e ameaçado por poucos pode nutrir os nossos verdadeiros desejos: viver vidas felizes e saudáveis. Os detalhes das nossas ambições variam tanto como qualquer população de cidadãos. Mas, em todo o mundo, os membros da XR estão a colocar os seus próprios sonhos em espera para lutar por um mundo melhor. No Equador, estão a lembrar aos líderes mundiais que as suas terras não são para ser sacrificadas. Na África do Sul, estão a levantar-se contra a operação de ainda mais minas de carvão. E na Alemanha, os rebeldes estão a demonstrar os horrores das instituições financeiras corruptas.
Sabemos que tu, tal como nós, tens sonhos. Talvez queiras curar doenças raras, ou talvez apenas criar os teus filhos. Mas, independentemente dos teus objetivos, eles permanecerão vulneráveis enquanto os poucos com poder e dinheiro acreditarem que os seus são os únicos sonhos que importam. Por isso, reserva um momento para te inspirares nos grupos XR de todo o mundo. E depois, da forma que puderes, esperamos que nos ajudes a lutar pelo sonho universal de um mundo melhor.
Este boletim informativo é oferecido pela XR Global Support, uma rede mundial de rebeldes que ajudam o nosso movimento a crescer e precisam de dinheiro para continuar este trabalho crucial.
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Acções em Destaque
No somos territorios de sacrificio

Foto: xrcuenca
Novembro 2025 | Equador
Este mês, os rebeldes da XR no Equador lutam para proteger um tesouro natural nacional. As Ilhas Galápagos, um parque nacional e reserva marinha mundialmente famosa, estão ameaçadas pela proposta de instalação de uma base militar dos EUA na Ilha de Baltra. Apesar da rara biodiversidade do arquipélago, que alberga mais de 150 espécies de animais e plantas ameaçadas, o presidente equatoriano Daniel Noboa e o presidente dos EUA, Donald Trump, discutem o projecto desde Dezembro de 2024. A decisão final sobre a permissão de bases militares estrangeiras no país será tomada num referendo nacional a 16 de Novembro.
Os rebeldes no Equador têm feito campanhas online e nas ruas, com o foco em incentivar os cidadãos a votar contra a base militar. Em Quito, os rebeldes exibiram faixas no bairro de Carapungo e distribuíram vasos de plantas com a inscrição Vote Não, uma reflexão sobre a apreciação humana pela Natureza quando esta se apresenta diante de nós, e a frequente negligência no nosso dever de a proteger. Na internet, uma campanha mediática com impacto retrata os animais nativos das ilhas Galápagos, cujo habitat está ameaçado por estas construções militares. As espécies representadas, como o pinguim-das-galápagos, o leão-marinho-das-galápagos e a iguana-marinha, vivem predominante ou exclusivamente no arquipélago.

Fotos: xrcuenca
Ameaçar a santidade das ilhas Galápagos é ameaçar milhares de espécies que vivem há milhões de anos nestas ilhas, isoladas geograficamente. É um ataque a um nicho único de biodiversidade, raro num mundo dominado pelas atrocidades do desenvolvimento humano. Durante a Segunda Guerra Mundial, o funcionamento de uma antiga base militar americana na Ilha de Baltra levou ao quase desaparecimento da população de iguanas amarelas, uma espécie ameaçada.
Além disso, a população Equatoriana sente-se enganada. A proposta viola directamente a Constituição Equatoriana, que promete respeito e proteção à Pacha Mama e aos espaços naturais da nação. O que será do nosso mundo se as reservas naturais continuarem a ser violadas desta forma? Uma base militar no arquipélago das Galápagos, arranha-céus a rodear os últimos pinheiros de Yellowstone, uma plataforma petrolífera a pairar sobre a Grande Barreira de Coral? Esta questão atinge o cerne daquilo que a nossa organização representa e do fenómeno que nos dá o nome: sem rebelião, a extinção é inevitável. Segue a xrecuador, a xrcuenca e a xrlatinoamerica.

Fotos: xrlatinoamerica
Resumo de acção
XR Vaal opõe-se a novas minas de carvão

Fotos: XR Vaal
Outubro 2025 | Gauteng, South Africa
O grupo XR Vaal (Gauteng, África do Sul) realizou uma ação direta não violenta em frente ao escritório regional do Departamento de Minerais, Recursos e Energia (DMRE) em Braamfontein, Joanesburgo. Exigiam esclarecimentos sobre o "consentimento público prévio" nas Autorizações Ambientais para as minas de carvão emitidas pelo Departamento.
Gauteng é a província mais pequena da África do Sul, mas tem a maior população e alberga Joanesburgo, a maior cidade do país. Moradores da região de Vaal e rebeldes da XR têm protestado contra minas de carvão a céu aberto perto das suas comunidades há anos.
No mês passado, a XR Vaal sublinhou que a empresa que propõe as novas minas, a Glubay Coal, é uma subsidiária da Canyon Coal, que continua a enviar carvão para Israel, apesar da forte posição pública da África do Sul contra a guerra em Gaza e o processo de genocídio que moveu contra Israel.
Para saber mais sobre as ações rebeldes da XR em todo o mundo, siga @extinctionrebellion
O verdadeiro horror são os bancos

Foto: XR Hamburg
1 de Novembro 2025 | Hamburgo, Alemanha
Num ousado e assustador protesto de Halloween, os rebeldes Alemães tomaram o centro de Hamburgo para confrontar o Deutsche Bank sobre o seu papel devastador na indústria dos combustíveis fósseis. Vestidos de personagens aterradoras numa alusão sinistra ao feriado, os rebeldes exigiram o fim imediato de todos os investimentos em petróleo, gás e carvão. Esta acção não violenta, parte de uma onda de manifestações por toda a Alemanha, teve como objetivo expor as práticas "assustadoras" e destrutivas da maior instituição financeira do país.
Entre 2016 e 2023, o Deutsche Bank canalizou 60 mil milhões de dólares para a indústria dos combustíveis fósseis, tornando-se o sexto maior banco da Europa a financiar combustíveis fósseis. Philipp Noack, da organização de campanha financeira Urgewald, enfatizou as falhas do banco: "O Deutsche Bank, em particular, está a falhar na transformação do seu modelo de negócio. Em vez de promover energias sustentáveis, na verdade reduziu o financiamento das mesmas, ao mesmo tempo que aumentou o seu apoio aos combustíveis fósseis de alto risco".
Do outro lado do Atlântico, no mês passado, os rebeldes de Boston realizaram uma manifestação semelhante contra os principais bancos Americanos que financiam combustíveis fósseis. Podes ler tudo sobre isso na newsletter de Outubro. Segue a Extinction Rebellion Hamburg aqui. De Hamburgo a Boston, os activistas climáticos estão a enviar uma mensagem clara**: as instituições financeiras já não podem esconder-se do seu papel no agravamento da crise climática.**
Notícias Positivas
O investimento em energias renováveis está em franca expansão, tornando a transição "inevitável".
O investimento em fontes de energia limpa e armazenamento está a acelerar, ajudando a poupar grandes somas de dinheiro e reforçando a resiliência económica em todo o mundo. E este aumento da oferta irá "selar a transição" para longe dos combustíveis fósseis, de acordo com o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA).
Um novo estudo, também da IEA (Agência Internacional de Energia), descobriu que, desde 2010, mais de 100 países reduziram a sua dependência da importação de carvão e gás para a geração de eletricidade. Alguns em um terço e até mesmo para metade, no caso da Dinamarca.
Apesar da oposição de figuras políticas de direita nos EUA e noutros lugares, o investimento em energias renováveis atingiu um máximo histórico no primeiro semestre de 2025. A Europa está a registar aumentos particularmente significativos, à medida que os promotores redirecionam os projetos de energia eólica offshore dos EUA.
Leituras obrigatórias
Os carros híbridos plug-in são quase tão prejudiciais para o ambiente como os carros a gasolina
Um estudo da Transport & Environment (T&E) revelou que os veículos híbridos plug-in (PHEVs), há muito promovidos como uma alternativa mais limpa, emitem quase tanto CO₂ como os automóveis a gasolina em condições reais de condução. Uma análise de 800000 híbridos europeus mostrou emissões quase cinco vezes superiores às indicadas nos testes laboratoriais, representando uma redução de apenas 19% em comparação com os veículos a gasolina ou a gasóleo. Mesmo quando conduzidos em modo elétrico, os PHEV emitem 68 gCO₂/km, uma vez que os seus motores elétricos não têm potência suficiente, obrigando o motor de combustão a fornecer energia durante quase um terço da distância percorrida. Este consumo oculto de combustível desmente a percepção de poupança proporcionada pela electricidade. O relatório alerta que os PHEV são arriscados, não são uma solução a longo prazo e realça a necessidade de aplicar correções no fator utilidade. Ler mais aqui | Lê o estudo aqui
Nova investigação comprova que as compensações de carbono são uma ilusão de acção climática
Uma nova e importante revisão emitiu um veredicto contundente sobre o sistema global de compensação de carbono, concluindo que, após 25 anos, este falhou em grande parte na redução das emissões de gases com efeito de estufa de forma significativa. A análise expõe falhas profundas e sistémicas, desde a não adicionalidade (em que são emitidos créditos para projetos que ocorreriam de qualquer forma), à impermanência (uma vez que as florestas ardem ou são posteriormente desmatadas), passando pela fuga (em que as emissões simplesmente se deslocam para outros locais). A revisão destaca também a dupla contagem e a deficiente supervisão que permitiram às empresas e aos governos exagerar os seus progressos climáticos.
Os investigadores alertam que este sistema defeituoso se tornou uma ilusão perigosa e uma forma de os poluidores comprarem a aparência de acção enquanto continuam a agir como se nada estivesse a acontecer. Os investigadores defendem agora uma mudança radical, abandonando as compensações de carbono pouco fiáveis e procurando soluções genuínas: remoção permanente de carbono, regulamentação mais rigorosa e, acima de tudo, cortes rápidos e diretos nas emissões. Ler mais aqui Ler a pesquisa
A Avaliação da Declaração Florestal revela um paradoxo florestal
Um aumento repentino no crescimento de novas árvores pode parecer uma boa notícia, mas, na realidade, faz parte de uma verdade maior e mais sombria. Este artigo da Mongabay descreve o crescimento florestal pelo que ele realmente é: uma consequência natural da destruição excessiva causada pelos humanos, e não o resultado de qualquer iniciativa governamental para abrandar ou recuperar as áreas desmatadas. Mais árvores novas estão a crescer em áreas desmatadas simplesmente porque estas áreas estão a aumentar exponencialmente em número. E estas novas mudas estão longe de substituir o valor das florestas mais antigas e biodiversas, que são as que estão a desaparecer mais rapidamente.
Atualmente, observamos muito poucas ações louváveis por parte das Nações, e as conferências ambientais internacionais parecem desintegrar-se em promessas vãs e, em última análise, em metas não alcançadas. Não nos devemos iludir com a ideia de que as florestas à nossa volta estão a recuperar, pois não estão a recuperar mais depressa do que as estamos a destruir.
Visualização Rápida
A grande notícia é que a energia solar e eólica têm vindo a expandir-se rapidamente. A má notícia é que esta expansão gerou uma onda de desinformação. O Carbon Brief fez um excelente resumo de informação falsa comum e este vídeo de 2 minutos explica de forma rápida e clara quanta terra seria necessária para que os EUA funcionassem com 100% de energias renováveis. Spoiler alert: menos do que a área atualmente utilizada para combustíveis fósseis e biocombustíveis.
Crítica Literária

The Conceivable Future by Meghan Elizabeth Kallman and Josephine Ferorelli
No seu livro The Conceivable Future, as autoras Meghan Elizabeth Kallman e Josephine Ferorelli desvendam com mestria questões aparentemente impossíveis, como "devo ter filhos no meio de uma crise climática?". As autoras começaram por explorar a relação entre a família e as alterações climáticas através de encontros informais em casas de moradores, onde os membros da comunidade se ligavam e discutiam os temas sensíveis e complexos do planeamento familiar e da tomada de ações na era das alterações climáticas. As conversas e preocupações partilhadas nestes acontecimentos deram origem ao livro.
Este livro é o resultado de uma pesquisa excepcional. Kallman e Ferorelli apresentam um argumento convincente sobre o porquê de os bebés não serem prejudiciais para o planeta e por que razão a reprodução não deve ser vista como uma ferramenta para a redução das emissões. Em primeiro lugar, a riqueza, e não a população, é o principal factor responsável pelas emissões de gases com efeito de estufa. Em segundo lugar, ao detalhar a longa e vergonhosa história da injustiça reprodutiva nos Estados Unidos e no mundo, os autores deixam claro que controlar, ou incentivar o controlo da reprodução (de corpos geradores de filhos) nunca é aceitável.
A nossa avaliadora escreveu: "Não tenho filhos e não tenho grandes preocupações relacionadas com o clima sobre tê-los ou não. Mas conheço pessoas que não querem ter filhos por motivos climáticos. Antes de começar a leitura, esperava que este livro fosse útil para aprender mais sobre o assunto em geral, mas também suspeitava que talvez não me identificasse com ele por não ter filhos nem querer tê-los. Mas identifiquei-me com o livro. Foi envolvente e informativo, e fico feliz por tê-lo lido."
*Evita a Amazon. Apoia as livrarias locais pessoalmente, sempre que possível. Compra os teus livros online na Bookshop ou na Hive (Reino Unido).
Antepassados da XR

Os Ludistas
Existe uma palavra muito antiga que parece estar novamente na boca de todos, desde o número crescente de orgulhosos proprietários de telemóveis antigos até eventos como o recente "Tribunal Ludista de Nova Iorque" e a conferência da Universidade de Columbia intitulada "Novo Ludismo". Porque é que o termo "ludista" voltou a circular?
Há dois séculos, a Revolução Industrial trouxe inovações mecânicas que iriam transformar a natureza do trabalho e remodelar por completo as sociedades ocidentais. Os artesãos viram as suas habilidades tradicionais serem suplantadas por máquinas à escala industrial que aceleravam a produção, maximizando a eficiência e o lucro para os proprietários das fábricas. Estes artesãos, outrora independentes, habituados a possuir as suas próprias ferramentas e a definir os preços do que produziam, estavam agora confinados em grandes fábricas onde as suas horas, ritmo e produção eram rigidamente controlados. Um movimento de resistência pouco organizado de trabalhadores têxteis surgiu no norte de Inglaterra, conhecido como Ludistas. Estes grupos de tecelões, tricotadores e artesãos qualificados perceberam que o novo sistema não lhes agradava. Privá-los-ia de qualquer controlo, concentrando a propriedade em poucas mãos e reduzindo os trabalhadores a engrenagens substituíveis que podiam ser manipuladas e descartadas à vontade.
Os Ludistas são famosos pelos seus motins e por destruírem os novos teares mecanizados dos donos das fábricas, que, segundo eles, acabariam com os seus meios de subsistência. Mas não era a tecnologia em si que os incomodava, era o facto de corroer a sua autonomia e a coesão social das suas comunidades. O governo britânico reprimiu estes levantamentos com uma força militar brutal, fuzilando os manifestantes e condenando-os à forca ou ao transporte para colónias penais na Austrália. Embora os Ludistas tenham sido finalmente derrotados, o seu nome permanece como um símbolo de resistência à mudança tecnológica descontrolada. Tal como os rebeldes de hoje, opuseram-se a um modelo de progresso que prioriza o lucro e a produtividade em detrimento do bem-estar humano e ecológico.
O boom da IA tem sido um poderoso facilitador da automatização empresarial e dos algoritmos de redução de custos. Com as grandes empresas tecnológicas a transformarem fundamentalmente a vida moderna na Quarta Revolução Industrial, os Ludistas recordam-nos a dimensão moral por detrás do progresso tecnológico: uma pequena elite enriquece-se, enquanto inúmeras outras pessoas são desqualificadas e economicamente impotentes numa sociedade que perdeu a sua humanidade. Ser Ludista hoje não significa destruir máquinas, mas sim ajudar a destruir sistemas opressivos e cada vez mais Ludistas reivindicam orgulhosamente o manto Ludista.

Foto: Working Class Movement Library catalogue, em domínio público, através da Wikimedia Commons
Segunda Vista de Olhos

The Fallout From Faraway Fires: Nine Alarming Facts About Wildfire Smoke
Presta atenção a este aviso: podes optar por viver em feliz ignorância sobre o nosso mundo em chamas até que o fumo dos incêndios florestais a milhares de quilómetros de distância te encham os pulmões durante a viagem matinal para o trabalho. Através de nove factos alarmantes sobre os efeitos generalizados do fumo dos incêndios florestais e dos seus poluentes, este post retrata a enorme escala dos danos causados pelos nossos Verões cada vez mais longos e secos, desde as chamas das florestas até às cidades cobertas de smog. À medida que se descobrem mais consequências médicas dos poluentes do fumo dos incêndios florestais, somos lembrados de que a nossa saúde e a saúde da Terra estão intrinsecamente ligadas. A ação imediata é a única forma de garantir a segurança das gerações futuras.
Extinction Rebellion Global Support 2024 Financial Report
A responsabilidade e a transparência são importantes. A XR depende dos seus apoiantes e gostaríamos de partilhar convosco como as vossas doações foram utilizadas no ano passado. Consulta o Relatório Financeiro Global da XR de 2024 aqui.
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